sexta-feira, 8 de maio de 2009

Fim


Circula a vida em sua forma mais poeira.
Sua forma de partículas, de matéria.
A vida que se transforma.
A forma da morte que, de repente, faz parar.
A circulação.
Uma dor intensa, aguda. Uma força bruta que transforma em água a cólera.
O câncer da sociedade que angaria novos e velhos adeptos.
A louca e intensa amargura dos que, novos, se fazem sentir.
Dos que, novos, projetam um futuro e vislumbram a continuação do hoje.
A doce inocência de se crer na velhice amarga que já não vale a pena ver.
São veias a prole que fica.
A bela face, a fumaça, a obra acabada que soa alto aos ouvidos, a hérnia, a nota,
a vida.

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