terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Desato



Me perca de vistas que já te perdi.
Em minha frente, não aceito trapaças.
Aquele amor intenso, hoje, habita numa casa vazia.
Cada palavra tua é um mar de signos.
Nem são todas para mim.
Sou, hoje, as mulheres que já teve.
Meu amor é plural.
Você, desconhecido, falso.
É a hipocrisia que insisto em manter.
Me mantenho alheia e talvez te ame, sem você.
Enquanto isso, descubro quão grande é meu amor.
E o quanto ele não cabe somente em nós.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Partiturar


Ah! Não tolerarei os teu instintos ocos.
Teus melindres poucos ,teus suspiros mais.
Desviarei, aos poucos, dos teus beijos,
Teus meios ensejos, teus mil embornais.
Transformarei meu charme em ternura,
Em dez mil agruras, em frases faciais.
Planejarei meu plágio em segredo
Indicarei a dedo o que me satisfaz, mais.