terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
II
Anoitada promete. Seba, neto de Isolda, sempre achou que bicho-verme morre é no mato mes e sem mioll. A faca anda semprendurada na cartucheira e se nego dé mole el chega fazen justis. Só pega moça virgem. Ot dia pareceu uá morenin metida a tocá viola e ele nem esperou vent levantá sai dela pra escostá ela num cant depressa. A coitadinha num sabia q el já tinha er costum de faze is, mas só com as moça virge. Nessistória, a Maria continuo tocan e el fazende tud pra incubri os oi de girassol e escondê a verdad. Verdade q era só Del mesm. El já tinha matad, metid, cherad, robad, casad, comid, amad, amig, marid, tarad. Agora ele era tarado. E num tinha problema em passá doença pra moça não. El gostava mesmo era de espalhar a semente no mundo. No mundo dele que mais parecia um zoológico de bichos mortos e vazios. Ele era quase sempre vazio. Não tinha muito assunto. Nesse dia, chegou fincando a faca na mesa da sinuca e pegando Maria pra dançar. Tratava a Dona Isolda igual a um gentleman. Sempre chamava Ivone, a do torresmo, de querida, mas a verdade é que ele já tinha feito um filho nela anos atrás e ela, sem ninguém ver, enfiou uma agulha de tricô lá dentro. Foi uma cena horrível, mas pelo menos hoje ela num era obrigada a ver ninguém correndo por aí e chamando um “açougueiro” de pai. E também ele já tinha fama ali na zona. Ninguém sabe quantos filhos espalhou por aí.
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Um comentário:
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